Guarda compartilhada: pensão alimentícia é obrigatória? | Anderson  Albuquerque

Pensão Alimentícia, Guarda Compartilhada e a Prevenção da Alienação Parental: Uma Análise Jurídica.

A dissolução do casamento ou da união estável, infelizmente, é uma realidade cada vez mais presente na sociedade contemporânea. Nesses casos, um dos pontos cruciais a ser definido é a guarda dos filhos e a fixação da pensão alimentícia. A presente matéria tem como objetivo analisar a relação entre a guarda compartilhada e a pensão alimentícia, com foco em seu papel na prevenção da alienação parental.

A Guarda Compartilhada e seus Benefícios

A guarda compartilhada, consagrada pela Lei nº 13.058/2014, representa um avanço significativo no direito de família, pois reconhece a importância da convivência dos filhos com ambos os pais, mesmo após a separação. Essa modalidade de guarda busca garantir que os filhos mantenham um vínculo saudável com ambos os genitores, promovendo o desenvolvimento integral e harmônico.

A Pensão Alimentícia e sua Importância

A pensão alimentícia é um direito do filho e um dever dos pais, visando garantir que a criança ou adolescente tenha todas as suas necessidades básicas atendidas, como alimentação, vestuário, saúde, educação e lazer. A fixação da pensão deve ser proporcional à necessidade do filho e à capacidade financeira dos pais.

A Guarda Compartilhada como Ferramenta para Prevenção da Alienação Parental

A alienação parental é um grave problema que pode causar danos irreparáveis à criança ou ao adolescente. Consiste em uma programação mental feita por um dos genitores, com o objetivo de afastar o filho do outro genitor. A guarda compartilhada, quando bem estruturada e acompanhada por profissionais, pode ser uma importante ferramenta para prevenir a alienação parental, pois:

  • Promove a convivência equilibrada: Ao garantir a convivência regular com ambos os pais, a guarda compartilhada dificulta a criação de um vínculo exclusivo com um dos genitores, diminuindo o risco de alienação.
  • Fortalece o vínculo parental: A participação ativa de ambos os pais na vida dos filhos fortalece o vínculo parental, tornando mais difícil a alienação.
  • Minimiza o conflito: A guarda compartilhada incentiva a cooperação entre os pais, reduzindo o conflito e o estresse, o que beneficia diretamente a criança.
  • Demonstra aos filhos a importância de ambos os pais: Ao mostrar aos filhos que ambos os pais são importantes em suas vidas, a guarda compartilhada ajuda a prevenir que a criança se sinta dividida ou manipulada.

A Importância da Avaliação Psicológica

Para que a guarda compartilhada seja bem-sucedida, é fundamental a realização de uma avaliação psicológica da família. Essa avaliação tem como objetivo identificar os riscos de alienação parental, avaliar a capacidade dos pais de cuidar dos filhos e definir um plano de convivência adequado.

Conclusão

A guarda compartilhada, quando bem aplicada, é uma ferramenta eficaz para prevenir a alienação parental e garantir o bem-estar dos filhos após a separação dos pais. A pensão alimentícia, por sua vez, garante que as necessidades básicas das crianças sejam atendidas, contribuindo para o seu desenvolvimento integral. A combinação dessas duas medidas, aliada à atuação de profissionais especializados, pode proporcionar um ambiente mais saudável e seguro para as crianças e adolescentes.

É importante ressaltar que cada caso é único e deve ser analisado de forma individualizada por um profissional qualificado.

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